As tabelas de depreciação Ross-Heidecke disponíveis na rede mundial de computadores são, geralmente, apresentadas na forma de valores brutos calculados a partir da equação:
![d = \alpha + [( 1 - \alpha) \cdot (c/100)]](https://oficialavaliador.com.br/wp-content/ql-cache/quicklatex.com-414ae10aea05642ba27e9eb1e8920a5a_l3.png "Rendered by QuickLaTeX.com")
Nessa equação, c representa o valor relativo da escala Heidecke que varia de acordo com o estado de conservação da benfeitoria e 
representa o valor bruto do método Ross, o qual é calculado pela equação:
Todavia, é necessário compreender que o valor calculado acima deve ser interpretado como sendo um percentual negativo, haja vista que a depreciação causa uma perda de valor. Portanto, o valor bruto deve ser convertido com base na fórmula:
Nessa equação, d representa o valor bruto resultado da equação do método e kd representa o coeficiente de depreciação a ele associado.
As tabelas de coeficientes de depreciação que serão apresentadas seguem esse raciocínio.
A primeira tabela relaciona os coeficientes (percentuais negativos) dispostos em função do estado de conservação (colunas) e em função da idade percentual da benfeitoria (linhas).
É importante que não se confunda a idade real (ou aparente) da benfeitoria com a sua idade percentual; essa última representa o resultado da relação entre a idade da benfeitoria e a sua vida útil referencial.
A segunda tabela apresentada traz a relação dos fatores de depreciação, os quais foram calculados a partir dos respectivos coeficientes observando a equação básica:
Nessa equação, kd representa o coeficiente de depreciação e fd representa o fator de depreciação a ele correspondente.
Como forma de evitar equívocos, recomenda-se que o avaliador use a planilha para o cálculo do fator de depreciação específico, uma vez que aquela planilha já faz o ajuste do fator de depreciação ao percentual de resíduo utilizado.
O gráfico abaixo demonstra a relação fixa entre coeficientes e fatores de depreciação.
Recomenda-se o uso da planilha para se calcular o fator de depreciação específico ajustado ao resíduo, como forma de evitar equívocos ou erros nos cálculos. Todavia, as tabelas são apresentadas para conhecimento e comparação.
Tabela dos coeficientes de depreciação Ross-Heidecke
A primeira tabela contém a relação dos coeficientes de depreciação. Sabe-se que a depreciação provoca uma desvalorização sobre a benfeitoria; portanto, esses coeficientes são percentuais negativos pois eles devem indicar o quanto foi perdido em decorrência da depreciação.
Tabela dos fatores de depreciação Ross-Heidecke
A segunda tabela traz a relação dos fatores de depreciação associados aos coeficientes de depreciação calculados de acordo com a equação do método Ross-Heidecke. Esses fatores de depreciação podem ser aplicados diretamente sobre a parcela depreciável.
A primeira parte dessa segunda tabela apresenta os fatores sem resíduo, o que pode ser ilustrado no gráfico abaixo:
A segunda parte da segunda tabela apresenta os fatores ajustados a um resíduo de 20% (vinte por cento), o que pode ser demonstrado visualmente no gráfico abaixo:
A tabela de fatores de depreciação Ross-Heidecke corretos está disponível logo abaixo.
Ressalta-se que na rede mundial de computadores existem tabelas que apresentam valores errados para o estado de conservação “Entre novo e regular” (Referência B). Essas tabelas consideraram um coeficiente Heidecke de “0,032”, sendo que, para a referência “B”, o coeficiente Heidecke correto é “0,32”.
Em agumas tabelas foi inserido um coeficiente incorreto para o estado de conservação “Entre reparos simples e importantes” (Referência F), para a idade correspondente a 2% (dois por cento) da vida útil; em algumas tabelas consta o coeficiente “39,30”, sendo que o valor bruto correto é “33,88“.
Por fim, reitera-se que os valores que constam nas tabelas disponíveis nesta página foram calculados com base nos coeficientes Heidecke corretos; isso pode ser conferido comparando-se os coeficientes e fatores dessas tabelas com a tabela de fatores de depreciação que constam na página n. 18 do estudo Valores de edificações de imóveis urbanos 2017, apresentado pelo IBAPE-SP, disponível para consulta nesta página.
IBAPE-SP Valores de Edificações de Imóveis Urbanos 2017
