Teste de nível de significância máximo para a rejeição da hipótese nula do modelo (ensaio F de Snedecor)

 

Nesse ponto, devemos observar as diretrizes contidas na NBR 14653-2:2011. Avaliação de bens. Parte 2: Imóveis urbanos. Item 9.2.1, tabela 1, item 6.

Esse teste considera a probabilidade máxima admissível de se rejeitar a hipótese nula quando a mesma é verdadeira (erro tipo I), ou seja, a chance de o teste exibir significância estatística quando na verdade essa significância não está presente – o caso de um faso positivo (HAIR et al., 2009, p. 27).

Os testes abaixo se referem ao exemplo apresentado nesta página na seção Solução matricial I.

 

 

 \begin{tabular}{p{10cm}p{2cm}p{2cm}p{2cm}} \\ & \multicolumn{3}{c}{\textbf{Grau de fundamentação}} \\  \cline{1} \hline  \multicolumn{1}{c}{\textbf{Descrição}} & \multicolumn{1}{c}{\textbf{III}} & \multicolumn{1}{c}{\textbf{II}} & \multicolumn{1}{c}{\textbf{I}} \\ \hline  Nível de significância máximo admitido para a rejeição da hipótese nula do modelo através do teste F de Snedecor & \multicolumn{1}{c}{1\%} & \multicolumn{1}{c}{2\%} & \multicolumn{1}{c}{5\%} \\ \hline  & & & \\ \end{tabular}

 

O nível de significância máximo admitido na norma é de 5% (cinco por cento), para o grau de fundamentação I.

Assim, para se rejeitar a hipótese de não haver regressão ao nível 5%, é necessário que Fc seja superior a F(0,05;k;n-k-1), que se encontra tabelado por Fisher; em caso contrário há indícios de que pelo menos uma das variáveis pode ser considerada importante para explicar a formação de preços. (DANTAS, 1998, p. 157)

 

Os resultados calculados pela regressão foram:

 

    \begin{tabular}{lcrrrr} \multicolumn{6}{l}{\textbf{Análise da variância (ANOVA)}} \\  & & & & & \\\hline ~ & \textsl{gl} & \textsl{SQ} & \textsl{MQ} & \textsl{\textbf{F}}} & \textsl{\textbf{F de significação}} \\ \textbf{Regressão} & 2 & 30.663.305.631,70 & 15.331.652.815,85 & \textbf{567,19} & 0,001235\% \\ \textbf{Residual} & 4 & 108.122.939,72 & 27.030.734,93 & ~ & \\ \textbf{Total} & 6 & 30.771.428.571,43 & ~ & ~ & \\ \hline \end{tabular}

 

 

 F = \dfrac{SQReg/k}{SQRes/(n\!-\!k\!-\!1)} = \dfrac{30.663.305.631,70/2}{108.122.939,72/4} = \textbf{567,19}

 

 \begin{tabular}{lll}  Pr(F \textgreater\ 3,23) = 25\% & & \\  Pr(F \textgreater\ 9,24) = 10\% & para gl & N_1 = 4 \\  Pr(F \textgreater\ 19,2) = 5\%  & & N_2 = 2 \\  Pr(F \textgreater\ 99,2) = 1\% & & \\  \\  & Sendo: & N_1 \colon graus\ de\ liberdade\ do\ numerador\ \\  & & N_2 \colon graus\ de\ liberdade\ do\ denominador\ \\  \end{tabular}

 

Os resultados indicam que a regressão atingiu o ponto 567,19 na estatística F, portanto superior a 19,2, que é o valor crítico fixado com base nos graus de liberdade do modelo, em um nível de significância máximo de 5% (cinco por cento). Pode-se, pois, rejeitar a hipótese nula do modelo.

Os pontos percentuais superiores estão disponíveis para consulta nesta página na seção Distribuição F, e foram confrontados com aqueles apresentados por Gujarati (2006, p. 778).

O resultado do teste F de Snedecor (ou ensaio F de Snedecor) pode ser demonstrado visualmente no gráfico abaixo:

 

 

 

Análise de normalidade

 \begin{tabular}{rrrrrr} \hline Preço previsto & Preço no mercado & Resíduo & Resíduo padronizado & Módulo & Resultado & ~ & ~ \\ \hline 424.087,97 & 430.000,00 & 5.912,03 & 1,14 & 1,14 & Aceito & ~ & ~ \\ 383.517,90 & 380.000,00 & -3.517,90 & -0,68 & 0,68 & Aceito & ~ & ~ \\ 560.132,48 & 560.000,00 & -132,48 & -0,03 & 0,03 & Aceito & ~ & ~ \\ 544.097,98 & 540.000,00 & -4.097,98 & -0,79 & 0,79 & Aceito & ~ & ~ \\ 556.002,22 & 560.000,00 & 3.997,78 & 0,77 & 0,77 & Aceito & ~ & ~ \\ \hline \end{tabular}

 

 

Fontes:
DANTAS, Rubens Alves. Engenharia de avaliações: uma introdução à metodologia científica. São Paulo: Pini, 1998.
GUJARATI, Damodar N. Econometria básica. Tradução de Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
HAIR JR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. 6. ed. Tradução de Adonai Schlup Sant’Anna. Porto Alegre: Bookman, 2009.
LATTIN, James; CARROLL, J. Douglas; GREEN, Paul E. Análise de dados multivariados. Tradução de Harue Avritscher. São Paulo: Cengage Learning, 2011.